05.09.2021 – Artigo – Museu da Língua Portuguesa
Caros Odivelenses,
A proposta da INICIATIVA LIBERAL para a criação do Museu da Língua Portuguesa no Mosteiro de Odivelas é ímpar para este concelho, fazendo todo o sentido face à história que Odivelas tem associada ao 6º monarca de Portugal – Dom Dinis, que foi:
- o fundador da 1ª universidade de Portugal, em Lisboa, que passou posteriormente para Coimbra
- o rei que estabeleceu o Português como língua oficial do nosso país
- o rei que mandou construir o Mosteiro de Odivelas (Mosteiro de São Dinis e São Bernardo), onde quis ser sepultado após a sua morte
Este monumento único – o Mosteiro de Odivelas, símbolo maior da nossa cidade, deve ser dignificado e honrado com a integração de um Museu Internacional da Língua Portuguesa no seu seio.
Do ponto de vista cultural, este Museu tornaria ODIVELAS numa referência nacional e internacional, representativa da presença do Rei Dom Dinis nesta cidade e da importância fundamental que teve na implementação da Língua Portuguesa como língua oficial, durante o seu reinado.
Com esta medida, Odivelas promoverá o turismo local, inúmeras atividades culturais e artísticas, atração de investigadores, colóquios e apresentações de obras nacionais e internacionais, fatores que contribuirão para o desenvolvimento económico e social do concelho de forma incalculável.
A proposta da Iniciativa Liberal vai ao encontro da projeção de Odivelas como referência da língua portuguesa, não só nacional, mas também ao nível internacional. Uma língua falada por mais de 250 milhões de pessoas em todo o mundo, nomeadamente os países pertencentes à Comunidade de Países de Língua portuguesa -CPLP, com grande afirmação neste território municipal, assim como as comunidades da Diáspora.
Para que se tenha uma ideia, a nível mundial, só existe um museu de Língua Portuguesa, que fica em São Paulo (Brasil), e é um sucesso mundial.
Conhecido como a “Estação da Luz”, este museu foi recentemente reinaugurado, após ter sofrido um grande incêndio que destruiu esta obra quase na totalidade, em 21/12/2015. Desde essa altura, foi objeto de uma grande intervenção e voltou a abrir portas no passado dia 31/07/2021, tendo surgido pujante e com um forte investimento em novas tecnologias de interação com o público, merecendo destaque o mecenas principal desta obra, uma empresa portuguesa, a EDP.
Não posso deixar de referir que atualmente, o Mosteiro de Odivelas possui um estudo prévio para a integração de novas infraestruturas, equipamentos, jardins, residências universitárias (ISCTE), estabelecimento de ensino superior (ISCE), conservatório de Música Dom Dinis e Centro interpretativo do Mosteiro de Odivelas. Nesse estudo está também prevista a transferência de instalações de serviços municipais para o interior do mosteiro, conforme anunciado na apresentação desse estudo.
De acordo com esse estudo prévio, a área de ocupação do mosteiro totaliza em 25.664,00 m2, dos quais 9.478,00 m2 serão destinados a espaços para usufruto da autarquia, ou seja, cerca de 37% do total dessa área, a saber:
- 800 m2 serão para um refeitório da câmara Municipal
- 968 m2 para serviços e órgãos municipais
- 710 m2 para um auditório municipal
É no mínimo absurda tal ocupação por parte dos serviços camarários, que em nada beneficiam a população, num espaço histórico como é o nosso Mosteiro de Odivelas.
Ver fugir a oportunidade única de integrar um Museu Internacional da Língua Portuguesa no Mosteiro de Odivelas, pelas razões históricas, sociais e económicas já aqui referidas e que impulsionariam Odivelas para que se tornasse uma referência nacional e internacional, é constrangedor e bem revelador da ausência de estratégia deste Executivo, que não consegue perspetivar mais do que uns serviços com pouca ou nenhuma relevância para a comunidade, numa zona tão nobre e com tanto potencial para oferecer aos Odivelenses como é o nosso Mosteiro.
É por isso que no próximo dia 26 de Setembro não podemos ficar indiferentes e temos que Reprogramar Odivelas!
Vamos Mudar para Desenvolver, com a Iniciativa Liberal!
