O liberalismo faz falta a Portugal, por David Pinheiro

 

David Pinheiro

IL Odivelas

18.01.2023

O liberalismo faz falta a Portugal

Nos diversos artigos que tenho escrito neste meio, tenho-me dedicado a temas relacionados com o concelho de Odivelas. Esta semana farei um interregno para vos dar a conhecer um pouco mais da Iniciativa Liberal, quando se aproximam as eleições do partido, que irão ocorrer na Convenção dos próximos dias 21 e 22 de janeiro de 2023.

Todos os órgãos nacionais irão ser eleitos nesta Convenção Nacional, que será a sétima, e é representativa dos membros do Partido, a quem cabe decidir a sua orientação estratégica e linhas gerais de ação política. As Convenções da IL deliberam em plenário com todos os membros que decidam participar, algo pouco habitual na esfera política nacional. Todos os membros que se inscrevam, e sem possibilidade de delegação, têm no seu voto o poder de contribuir para aprovar a Estratégia e mandatar a Comissão Executiva e o Conselho Nacional para, respetivamente, implementar e tutelar essa estratégia. Para além destes órgãos, são ainda eleitos o Conselho de Jurisdição e o Conselho de Fiscalização.

Irei debruçar-me mais sobre a Comissão Executiva, porque é a ela que cabe concretizar a estratégia política do partido.

A iniciativa liberal foi fundada em 2017. Desde então foram 3 os presidentes da Comissão Executiva. Miguel Ferreira da Silva, que atualmente é deputado na Assembleia Municipal de Lisboa e que foi o presidente eleito na Convenção fundadora. Seguiu-se Carlos Guimarães Pinto, em Outubro de 2018, que teve no seu mandato a eleição do primeiro deputado liberal para a Assembleia da República, João Cotrim Figueiredo, precisamente quem lhe sucedeu, a partir de Dezembro de 2019, e que conduziu a Iniciativa Liberal à eleição de um deputado na Assembleia Legislativa Regional dos Açores (2020), 90 autarcas (2021) e 8 deputados para a Assembleia da República (2022).

O sucesso das lideranças de Carlos Guimarães Pinto e João Cotrim Figueiredo não os agarrou ao poder, pois foi em momentos de assinalável crescimento do partido que os seus mandatos terminaram. Em particular, a saída de João Cotrim Figueiredo surge num momento em que a confiança e a competência no trabalho realizado pela Iniciativa Liberal é reconhecido no país. Ainda assim, decidiu deixar a liderança para fazer conciliar numa Convenção única a eleição de todos os órgãos do partido, e por entender que o partido precisa de uma nova estratégia para que continue a crescer, de forma ainda mais significativa, com “uma tónica mais combativa, mais popular e mais abrangente a nível nacional”.

Aqui chegados, não posso deixar de enaltecer e agradecer o papel que João Cotrim Figueiredo teve nestes 3 anos, com uma presença, um companheirismo e um apoio inexcedíveis junto dos membros por todo o país, em particular nas Eleições Autárquicas de 2021 e que levaram à eleição de 90 autarcas, onde se inclui um deputado para Assembleia Municipal de Odivelas.

Esta decisão levou à convocação de novas eleições, às quais se apresentam 3 candidatos à Comissão Executiva: Rui Rocha, Carla Castro e José Cardoso.

Rui Rocha foi o primeiro a afirmar-se como candidato à sua sucessão. Foi cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Braga para as Legislativas e acabou por ser eleito deputado, o que terá sido uma das “surpresas” da noite e que muito contribuiu para o sucesso da Iniciativa Liberal nessa eleição. É licenciado em direito com uma carreira profissional feita na área jurídica e na gestão de recursos humanos em empresas nacionais de relevo, apresentando-se à Comissão Executiva com a Lista L, sob o lema “Liberalismo para Todos”.

Carla Castro apresentou-se de seguida. É também deputada na Assembleia da República, eleita como n.º 2 da lista pelo círculo de Lisboa, e teve um forte cunho na elaboração do programa com que a Iniciativa Liberal se apresentou nas últimas Eleições Legislativas. É gestora, com carreira em estratégia e marketing na área de seguros, teve um papel preponderante no Gabinete de Estudos da Iniciativa Liberal e propõe-se a sufrágio pela Lista M com o objetivo de alcançar “Mais Crescimento, Mais Mobilidade Social”.

José Cardoso, de Lisboa, é gestor e membro do Conselho Nacional que agora cessa funções e foi o último a manifestar a intenção de se candidatar à liderança. Apresenta-se com a Lista A sob o desígnio “Alternativa Liberal” e representa uma ala inconformada com a Comissão Executiva cessante.

Apesar de só existir há 5 anos, a Iniciativa Liberal tem conquistado um crescimento assinalável, que não é obra do acaso e que pode ser justificado por duas razões fundamentais:

– uma forte ideologia representativa do que se quer para o país no seu todo, nas suas mais diversas vertentes, com menos Estado a pesar aos seus cidadãos, mas com cumprimento pleno e eficaz naquelas que são as suas funções essenciais;

– quadros competentes e conhecedores do país real, que trazem uma renovada esperança para uma reforma da Administração Pública e para o fim de um clientelismo enraizado na nossa sociedade e que, sem dúvida, nos obriga a refletir sobre uma mudança cultural.

A liberdade individual está em causa com as políticas que têm vindo a ser seguidas por um Estado cada vez mais presente nas nossas vidas e do qual dependemos, liderado por uma classe política a quem cada vez mais muitos devem subserviência e de quem dependem economicamente.

Não tenho dúvidas que qualquer um dos liberais que se candidata à Comissão Executiva, assim como todos aqueles (mais de 400 membros) que integram as restantes listas para o Conselho Nacional, de Jurisdição e de Fiscalização, dão garantias de um futuro mais liberal, com políticas que permitam Portugal tornar-se num país com mais liberdade, próspero e com melhor qualidade de vida! O futuro é liberal!

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