Filipe Martins

IL Odivelas

 

A arrogância socialista e a pesada fatura da extrema-esquerda

Filipe de Sousa Martins

Membro da Iniciativa Liberal de Odivelas e Candidato ao Município nas últimas eleições autárquicas

2023.11.20

 

“Infelizmente, no fundo temos a nossa liberdade aprisionada. Está na hora de nos libertarmos das algemas e dos grilhões e deixarmos de ser escravos de socialistas e de extremistas de esquerda ou de direita!”

 

A necessidade do poder por parte dos socialistas e a arrogância com que o exercem é uma característica que os define. São atitudes que acontecem no exercício do poder nacional ou local, em Portugal ou noutra parte do mundo. Este quase abuso permanente do exercício do poder foi talvez o que os levou a quase desaparecerem na Grécia ou França, onde hoje são partidos irrelevantes comparativamente à sua representatividade no passado. Não só prevaricam do poder que lhes é confiado, como abusam das falhas do sistema democrático para chegarem ao poder. Foi assim recentemente em Portugal e está a ser assim em Espanha, onde os socialistas venderam a alma ao diabo para conseguirem chegar ao poder. 

O líder socialista espanhol, mesmo que a população nas urnas não lhe tenha dado esse mandato, não se importa de hipotecar a unidade do seu país, amnistiando independentistas, que foram contrariados pelo voto dos seus minoritários interesses, para que venham a ter uma maioria parlamentar que os leve ao poder. Os socialistas colocam o interesse partidário acima dos do seu país. Não se importam que Espanha venha a ser retalhada e desapareça enquanto país soberano, desde que neste momento cumpram a sua cega ambição de alcançar o pote do poder.

Em Portugal o cenário é o mesmo. Em 2015, os socialistas chegam ao poder num golpe palaciano com o apoio da extrema-esquerda, composta pelo Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português, pagando uma elevada fatura de reivindicações, abdicando de valores que podem levar o país ao tão adiado desenvolvimento. Tudo isto, “bem” negociado pelo ex-ministro e atual candidato Pedro Nuno Santos. Para serem governo, não se importam de fazer concessões, ainda que contrárias aos interesses nacionais.

Está evidente que os socialistas, bloquistas e comunistas gostam de um país de pobres. São esses países, onde as pessoas pouco têm e que, para sobreviver, precisam de andar de mão estendida perante o Estado, que lhes alimentam a oportunidade de estar no poder.  

Para estes partidos, interessa manter um Sistema Nacional de Saúde totalmente público, nem que isso leve à rutura e ausência de cuidados de saúde, como as que vergonhosamente assistimos. Aqueles que não conhecem outros sistemas também não exigem e nem revindicam mais. E assim os socialistas e os seus parceiros de extrema-esquerda continuam a ter lugares para colocarem nas administrações e nas chefias e outros cargos “feitos à medida” os que lhe são próximos. Os mais pobres continuam sem médico de família e sem poder fazer uma cirurgia urgente, mas os que têm algum poder económico podem socorrer-se do seu seguro de saúde e deslocarem-se a clínicas e hospitais privados. Onde está aqui o tão apregoado papel de justiceiros dos socialistas e dos seus parceiros da extrema-esquerda?

Também lhes interessa ter uma escola 100% pública, mesmo que esta nunca venha a ter os meios para formar adequadamente os nossos filhos. Mas, assim, definem os programas de ensino, passando a mensagem que lhes é mais conveniente, conseguem dar palco aos sindicatos, que continuam a ser os braços operacionais da extrema-esquerda, que vendem ilusões de defesa de interesses profissionais, quando apenas sustentam delegados sindicais e dirigentes que nunca fizerem mais nada na vida além de “vendilhões” e garantem também boas receitas para todos os envolvidos. Mais uma vez quem sofre com estas medidas são os pobres, porque muitos cidadãos, muitos com muito sacrifício, ainda conseguem colocar os filhos nas escolas privadas que encabeçam os rankings da qualidade de ensino. Onde está aqui o tão apregoado papel de justiceiros dos socialistas e dos seus parceiros da extrema-esquerda?

Continuam a injetar milhões numa televisão pública, em nome de uma coisa que pomposamente chamam de serviço público. O que é serviço público na RTP? Nada! Que papel tem a RTP Internacional no mundo! Nenhum! A RTP África assume algum papel agregador de uma comunidade, de divulgação das diferentes culturas que a constituem e na promoção da língua portuguesa? Começo a achar que nem sabem o que isso é! Então para que serve a RTP? Mais uma vez para alimentar os que lhe são próximos, para terem lugar para encaixar os seus jornalistas, comentadores e bajuladores e para passarem para o povo as mensagens e as propagandas que lhes são convenientes aos seus interesses. Os mais desamparados das sociedades continuam a ter apenas acesso a estes canais ou a canais privados generalistas, cuja única função é ter audiência com produtos baratos. Quem tem mais alguns trocados, paga para ter informação de qualidade e acesso a programas através de plataformas streaming. Onde está aqui o tão apregoado papel de justiceiros dos socialistas e extrema-esquerda?

Na TAP ao longo de muitos anos têm sido injetados milhões de euros dos contribuintes. Os socialistas para chegarem ao poder cederam à chantagem da extrema-esquerda e reverteram a privatização antes realizada. Uma vez mais, em nome de uma coisa que nem se sabe bem o que é, que dá pelo nome de serviço público, aqui associado a outra coisa, que soa bem, mas que não significa nada, que é “companhia de bandeira”. O último cheque “passado” pelo Estado foi também por indicação do ex-Ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, com a simbólica quantia de 3,2 mil milhões de euros, que com mais as compensações já alcançaram os 5 mil milhões. Todos esses cheques foram pagos com os impostos de todos. Por aqueles que nunca viajaram de avião, nem sonham vir a voar, pois não têm posses para tal. E por aqueles que para visitarem os filhos no estrangeiro, aqueles filhos que tiveram de emigrar para ter uma vida melhor, viajam em voos low-cost, porque o magro salário não dá para mais, muito menos para voos da TAP, e as saudades apertam. Também foi pago com o dinheiro dos que tem mais algumas posses e que escolhem voar com qualidade em companhias sem bandeira, bem geridas, pois são rentáveis mesmo colocando o cliente no topo das suas prioridades. Afinal deve ser esse o significado de companhia de bandeira: uma companhia de aviação cuja prioridade está em ceder às pressões infundadas de um número infindável de líderes e delegados sindicais do setor, colocar próximos e a quem se devem favores na administração e lugares de chefia, com prémios anuais chorudos, alguns pagos não por competência, mas apenas por serem fiéis. Onde está aqui o tão apregoado papel de justiceiros dos socialistas e dos seus parceiros da extrema-esquerda?

Esta loucura dos socialistas e dos seus parceiros da extrema-esquerda apenas tem levado a uma população cada vez mais descontente, que deixou de acreditar na classe política e se desresponsabiliza de eleger quem os governa, não indo votar nos dias das eleições. É esta ganância de poder dos socialistas e dos seus parceiros da extrema-esquerda que leva a existir outros partidos com os seus mesmos princípios de alienação do povo, como é o caso do Chega. O Chega não é mais que o Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Portugueses com valores populistas de direita. O Chega serve os interesses dos socialistas, só existindo porque estes e os seus colegas extremistas querem que o partido populista exista e cresça no quadrante da direita, para terem o contraponto e criarem o medo no eleitorado com o outro extremo. Socialistas, bloquistas, comunistas e “cheganos” são todos farinha do mesmo saco!

Não foram estes os desígnios do povo que lutou, que acreditou no 25 de abril e que voltou a confirmar no 25 de novembro. O povo acreditava na mudança que levaria ao desenvolvimento e a uma merecida e ambicionada qualidade de vida. Acreditava na liberdade, na liberdade de escolher, de decidir, de acreditar no futuro! Infelizmente, concluímos que no fundo temos a nossa liberdade aprisionada. Está na hora de nos libertarmos das algemas e dos grilhões e deixarmos de ser escravos de socialistas e de extremistas de esquerda ou de direita!